Guloso

Amor e adeus

De planta em planta,

No futuro, flores,

Já que o amor foi enterrado,

Ainda vivo em meu coração,

Num dia quando as dores sem cores

Anunciavam um sábado triste,

Sem a presença dela,

Que se foi,

Quando os olhos mortificados

Verteram lágrimas de dor e de solidão,

Mas as plantas e suas flores,

Enfeitam o crepúsculo de um dia triste,

Dia em que o coração ficou vazio de esperança

E a noite vem devagar,

E a escuridão nasce lentamente,

Subtraindo a sombra das flores;

E a luz pálida e fria

De uma lua que esconde a tristeza

E o jardim onde moram as plantas,

Depois de um dia de um adeus eterno,

Sem palavras,

Só com o calor estonteante do sol

Distorcendo a imagem dela indo embora,

Mas que não consegue secar as lágrimas

Molhando o rosto,

Transbordando a amargura

Que invadiu a alma,

Prenúncio de uma saudade,

Que vai nascer ao lado das flores,

Sufocando a mágoa.

A minha alma amou-a,

Eu a amei.