noi soul

Amigo

Guardo o teu cheiro nas narinas sedentas do tempo
acolho o teu sorriso no olhar de dezembro
faço das pérolas a minha própria travessia
dentro das margens afogo a alma em agonia

Estou serena e recomeço a vida sem tua presença
enganos de canções da minha própria inocência
enquanto as pétalas bailam pela estrada vazia
meus pés sôfregos tropeçam em minha doce fantasia

Ah, sorvo o encontro de uma vida que nunca mais
ei de vivê-la! Estragos das vias no eterno cais
serenos e torpes e mitos e sonhos desta primavera
um dia senti teu cheiro… e era em mim, tão só, quimera!