Estou em um tempo
Ao qual, não entendo
Expõe-se o rosto, o gosto
Oculta-se o vazio no fosso
Há “fhotoshop” tudo é belo
Falsa a imagem, esboços de felicidade
Criam-se almas vazias em castelos...
Impera a “vibe” em telas finas
A vida jaz, em ruínas pelas cidades
Sem elos, pelo chão e esquinas
Estou em um tempo obscuro
Onde nada é pecado
Cultua-se o ego com orgulho
E morte que caminha ao lado
Não entendo, onde jaz
O que a tantos compraz...
O inferno se instaura
Busca-se ouro caminhando
Na lama, enterrando a paz tão cara...
Estou em um tempo flutuando
No chão, não me reconheço mais...
Ema Machado
16/11/21