Uma vez chamei de \"você\"
Tudo o que me alegrava,
Nestes dias, teu nome ressoava
E tudo se resumia em te ver.
Meu universo não se distanciava
Ele era todo só para dizer
Que até dormindo eu te amava
Que meus sonhos eram você,
E todas as coisas deste mundo,
Vivas, inexistentes, mortas, minhas,
Tinham todas elas teu olhar ao fundo
Estava enrustida sorrindo nas linhas.
Só sabe Deus o quanto me fiz sofrer
O quanto chorei, o quanto te quero,
Mas agora, do futuro nada mais espero
Nunca mais esperanço lhe ver.
E teu nome? Estas letras prefiro esquecer,
Porque felicidade da vitrine é desejo.
E a vitrine é grande demais: este teu beijo
É algo, do vidro, que prefiro não querer.