EU E O MAR
O mar engole
A solidão das almas nuas
O Sol Devora
As moléculas de Gorduras
Duras
Cruas
Seminuas.
E some o barco
Que estava velejando Misterioso na praia.
Já não sou mais eu que Está diante das ondas.
Sou um espectro
Misturado aos grãos de areia.
E nesse mar
No qual velejo
Apenas eu entendo as águas
E só eu decifro as ondas Que o oceano vomita
Ao escutar a dor do vento
Que no ar crepita.
O mar descreve segredos
As ondas me mostram os medos
E eu escrevo mistérios
Descritos por meus dedos!