Corpos desnudos
na tela pinçados,
e por olhares dissentos,
a reprovação inquirida.
Gestos velados
por veludos traçados,
cobrindo quadros,
em um invocação reprimida.
Paredes e tetos,
janelas quebradas,
a onda vagueando
d’uma indesejada situação.
Pronomes repicados,
de uma devassidão predisposta,
à suspensão de contatos,
por visagem sem noção.
Pesa o peso do ranço,
comprime o reprimir,
no ferir conceitos
em que preconceitos pontuam.
A tela congela,
priva-se a arte,
n’ uma confiança ferida,
pelos recalques que acentuam.
Não tem mais lisura,
a liberdade é confinada,
e a inspiração retida,
pelo insólito retirar do menu.
Debates privados,
dá final à jornada,
cultura cerceada e sem vida,
é a nulidade do nu.