Roberio Motta

Carta a Um Amigo

Meu iluminado irmão Wilsinho 

Acordo hoje tendo como dever lascivo aliado a turbação e saudações para ler esta matéria tão expressiva para todos nós leitores do noticioso A Praça.

Não por acaso deixei esta leitura para hoje! Precisava do abraço de domingo, precisava da manhã, precisava da paz e silêncio para contemplar a história dos bons, do dever cumprido com justeza, cumplicidade e ternura que só estes sopram com o vento da saudade.

Li uma vez mais para se compreender a linha da vida, o trilho do tempo, a porta da despedida.

Li para compreender, afagar a alma e venerar os seus que passaram a ser nossos pelo convívio e irmandade.

Quantas vezes acordei aos domingos escutando a voz de sua mãezinha perguntando por você após a reinação da noite passada?

Muitas! Recebido com alegria quando me hospedei em sua querência na terra da água boa.

Dançamos abraçados com a vida cheios de jovialidade e sonhos.

Acordamos inda cheios, porém desta feita de banzo que só os que marcam deixam.

Vi a candura de Dona Amália e o irrequieto pela vida Zuilton.

Vi no mirar de seu iluminado pai o contemplar dos justos, o doce amor, o ver com o coração e o seguir com o tempo.

Você e Zuila são filhos abençoados! Seus filhos também. E, nós como irmãos da ópera da vida nos sentimos presenteados por irmãos que escolhemos.

Só há um sentimento que liberta! 

Este é a gratidão!

Digo sempre que ‘A gratidão Amansa o coração’.

Assim seguimos!

Não mais por nós.

Mas, pelos nossos que se foram e pelos nossos que ficarão.

Gratidão ?? 

Receba meu amplexo extensivo aos seus.  

Em especial ao notável Sr. Wilson.

Seu primo-irmão e escudeiro,

Roberio Motta 

Neto de Clothildes Norões Maia

Bisneto de José Norões Maia

Trineto de Ezequiel Norões Maia

7 de 9vembro de um tal de Vinte Vinte,

Juazeiro do Norte,

Estado de Graça do CARIRI.