Vejo-te por aí saltitante, entre brinquedos e sonhos.
Dos primeiros momentos, em meu colo,
pequena e terna como todas as crianças!
Agora, nos teus sete anos,
surge nos teus sonhos, essa construção de afetos!
Filha! Crescestes trazendo grandes indagações,
múltiplas perguntas, descobrindo novas aventuras.
Vejo-te por aqui, em meus pensamentos,
nos teus momentos de ternuras, nos teus abraços,
na minha constatação da tua riqueza!
Nas fotos do teu álbum, reconstruo tua ausência sentida.
Reconforto-me nessa saudade permanente.
Vejo-te por aí, com teus amigos,
nessas brincadeiras de crianças, entre bonecas,
nas noites que te embalei entre cólicas e choros,
em outras que cantei, acalentando teus sonhos.
Agora vejo-te assim, parceira nos momentos juntos!
Vejo-te em algures, terna como sonhei um dia...
És Maíra desde o útero da tua mãe.
Assim te idealizei, assim te vejo!