Havia na menina
uma estrela envergada
transparecia nela tal felícia
impossível de ser lograda.
Vestia uma seda muito lisa
que se perdia em seu verniz
farfarlhava-a a tenra brisa
fazendo inebriar até mesmo o infeliz.
Tamanha era sua fortuna
reluzindo em bonomia
que fazia levantar todas as plumas
dos adornos, em sintonia.
Pairava no ar a serenidade
expelida suavemente do seu cheiro
que envolvia simplesmente a irmandade
transformando toda a roda num viveiro
na passarela, seguia rente todos eles
triunfando um ode derradeiro.