É triste as incertezas de cada dia, desse homem,
sem horizontes, nestes instantes tormentosos,
nessa desmedida percepção dessa perda,
dissonantes despertar dessas tênues amarras.
É triste o inverno melancolicamente estéril,
tão dissimulado nessas tardes frias,
na solidão de um quarto em abandono,
na comiseração desse homem, nesses dias.
Mais triste a distância destoando nessas buscas,
nas noites de desencontros assolando seus sentidos,
nessas madrugadas entre brumas e esquecimento,
desatando novos dias desmedidos, sem escolhas.
Noites construídas em ironias, vazias essas noites,
escancarando seus desejos reprimidos nesse caminho,
nesse furor de paixões abrindo frestas, sem promessas!
Tua partida torturou esse homem banalizado.
Transformou suas noites plácidas, transtornando-o.
Só tormentas nesse flagelo angustiante, desmedido.
Resta a renúncia das tardes serena aos teus braços.