Teus olhos em meus olhos
Vontade de nunca mais dizer adeus
Seus abraços em laços
Sútil prisioneiro seu, serei
Seus beijos
Seus toques
O tempo congelado
Em pote de cupuaçu
O universo em expansão
Expandindo noite e dia
E voce calma, em exata respiração, como se nada se movesse ao seu redor
Ritmos e frequências cardíacas
Traduz sua elegância.
Orquestra afinada
Habitando em nós
Sua fala
Seu sorriso
Sua dança
Prenuncio de susurros
Essa sede, esses desejos
Vem em cascata
Em água pura de beber
Abençoada, iluminada
Você nua
Tão bela
Tão meiga, e tão fera
Adocicada, e carnuda
Feito polpa
De fruta colhida
Na mata, dito isto
Viverei para sempre.
com um sorriso estampado
Você... é tão bela
O mundo até vale pena
O mundo é lindo
Teu corpo, meu santuário
Minha rua, minha estrada
Onde caminho sem medo
Sua boca, em minha boca
Quem precisa das palavras
Eu, só preciso da quentura
Da sua tez
Dos seus olhos fechados e fecundos em pensamentos
Preciso do seu hálito febril
Preciso estar
Em você
Entrar em seu templo
E me deslumbrar ouvindo
Os cânticos gregorianos