Que olhos tolos os meus!
Que contemplam tanta beleza,
E acabam se iludindo com ela
Caindo em uma profunda tristeza.
Ao saber que jamais a terei:
-Ah! Como eu gostaria de tê-la.
A vejo com um olhar despistado
E pergunto a mim mesmo:
-O que há comigo de errado?
E lembro de que estou apaixonado,
Por isso dedico meu olhar extraviado
A um ser belo e indomável.
Que sempre avisto através de seu brilho
Que ilumina a solidão onde vivo
Acaba num naufrágio sem que seja socorrido
Fazendo questionar sobre os meus instintos:
-Quando que terei coragem expor que sinto?
Anteses que mude o caminho de nossos destinos.