Luigi Alves Bortoloto

Olhar Poético

Que olhos tolos os meus!    

Que contemplam tanta beleza,    

E acabam se iludindo com ela    

Caindo em uma profunda tristeza.    

Ao saber que jamais a terei:    

-Ah! Como eu gostaria de tê-la.

 

A vejo com um olhar despistado  

E pergunto a mim mesmo:  

-O que há comigo de errado?  

E lembro de que estou apaixonado,  

Por isso dedico meu olhar extraviado  

A um ser belo e indomável.

 

Que sempre avisto através de seu brilho  

Que ilumina a solidão onde vivo  

Acaba num naufrágio sem que seja socorrido  

Fazendo questionar sobre os meus instintos:  

-Quando que terei coragem expor que sinto?

Anteses que mude o caminho de nossos destinos.