AMOR DE FATO!
De fato, sim de fato!
Concluí que te amo realmente de fato!
Amor pele e olfato
Que tocou todas as minhas vísceras
Que percorreu em todo os meus poros
Todos os meus ossos e minha carne
Em vias de fato!
Ah esse teu amor incoerente
Em desrespeito ao que sentimos de fato!
Levou-me ao desacato
De revelar ao mundo
Tudo que sinto
Tudo que demonstrastes a mim
De modo mais ingrato!
Esse teu amor escondido e grandioso
Puro e fraco
Faz com que hoje declaro
Todas as tuas fraquezas
E relato todos os teus atos
Todo o teu drama
De que amar é sofrer
Que o amar é prisão e mandato!
Tu vives até hoje
Um amor insensato
Pseudofato
Abstrato
Que não germina
Que não cresce
Sem juízo de fato
Que vive em teu celibato
Que te enlouquece
Que não floresce
Que se arrasta
Feito capim de mato
Um Amor lamento de fato!
Sim, tu me amas de fato!
Protagonista de um falso personagem
Que mesmo em anonimato
Me declara esse teu amor temeroso e pávido
Frágil e fraco!
Vlad Paganini
Sim de fato!
O teu Amor está paralisado
E cadenciado te relato:
Nosso Amor é fato consumado
Até mesmo quando tu renegas
Com teus atos
Lentos e fracos
Tome coragem desse teu sentimento proibido
E que te castiga
Me entregue e reconheça
O teu temeroso e amedrontado Amor
Amor de fato!