És o vento que nos plátanos ondeia,
Pela noite onde morrem as visões,
Oh! Saudade no poente que pranteia
No enterro das saudosas ilusões.
Minh\'alma de pesares ensombreia,
Seguindo nas serenas vastidões,
Como a lua soturna que vagueia
Nos caminhos de etéreas solidões.
Já vaguei nas brumas do meu passado,
Olvidando as mágoas na luz serena
D\'um sonho que nunca foste apagado.
Se olhares calma para mim andando,
Ó lírio branco, pálida açucena,
Verás meus olhos para ti brilhando.
Thiago Rodrigues