Jose Fernando Pinto

Um barco de papel

Hoje me senti um barco de papel, quando me deparei com um problema e não possuía um esquema ou solução. De repente eu perdi o meu chão, me vi a deriva, sem rota, sem destino, era apenas um menino e a sua embarcação. Um barco de papel na enxurrada, sem forças ou ajuda para vencer sua jornada.

 

Hoje me senti um barco de papel, inacabado, inapropriado e deixado ao léu. Um barco de papel amassado, um menino ainda despreparado entre o mar e o céu, sem boia, sem capa ou chapéu, eu não era um super-herói, eu mal sabia nadar, era apenas um barquinho de papel enfrentando o mundo cruel e as ondas do mar.

 

Hoje me senti um barco de papel, ferido, perdido e sem um porto seguro. Um barco de papel no escuro, sem luz, sem farol, apenas a aurora e o arrebol como companhia. Num mar de problemas, eu era um barco de papel, um barquinho no furacão, um barco sem direção ou porto de chegada.

 

Hoje me senti um barco de papel, um barco na enxurrada que seguia em direção ao mar, levava comigo os sonhos de um menino, as possibilidades que o destino prometia entregar. Pelos sete mares eu naveguei, muitos obstáculos eu encontrei, por vezes eu naufraguei, mas consegui me recuperar.

 

Um barco de papel e muito aprendizado, não importa a tempestade se Deus está ao teu lado, pois a luz sempre virá ao amanhecer. Hoje me senti um barco de papel, nascido dos sonhos de um menino, na esperança de navegar pela vida, encontrei a felicidade e a alegria de viver.

 

Jose Fernando Pinto