Chora a tarde, o pranto
Sentido, dorido tanto,
Qual correnteza a deslizar:
Aqui era imensa floresta,
A bil diversidade a reinar,
A natureza a cantarolar,
A mata fechada, aberta
Ao convívio de matizadas
Flores e o gorjeio do sabiá!
Respirava-se, naquela floresta,
0 ar mais puro,
Límpido e seguro
Que se podia respirar!
E as Nações Indígenas
Viviam sossegadas naquele lugar,
E os animais e a passarada
Risonhos e englonados
Faziam festa à alvorada!
Mas veio o crudelissimo homem
Com sua desmedida ambição
E os belos sonhos primaveris toldou:
Daquela floresta, pulmão
Do mundo, pouco restou:
O peito dilacerado em chagas,
O meio ambiente,
Debilitado, fraco e doente,
Respira agora por aparelhos.
A Floresta Amazônica,
Pulmão do mundo, arde!...
Intensas chamas,
Criminosas e covardes,
Ampliam o atroz drama
Da mata que trucidada
Por criminosos desmatamentos,
Respira agora por aparelhos!