DAN GUSTAVO

O PRETO VELHO ANDRÉ

Há tempos, não vejo mais o preto velho André
sentado em sua cadeira...
Naquela calçada, olhava quem passava
e nem notava o tempo que não tinha, também passar.
Eu passava, o cumprimentava, ele respondia...
Tomava o seu café lhe negado em casa, mas
lembrado por aquela amiga.

Construiu um castelo pro seu descanso,
mas vagava no ócio infinito.
Seu legado será a sua luta e seus covardes
serão punidos pela ira de Oxalá.

Lá vem o preto velho André arrastando suas
velhas sandálias no que restou de sua força!
Querido de muitos Malungos no Quilombo da vida
e tomando café na calçada daquela amiga.
Lá se vai o preto velho André para o \'além tudo isso aqui\'!
Foi me noticiado que ele se foi, e fica esse \'Banzo em verso\'
em memória de seu eito.

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