E depois da corveia
Distante o gado muge
E eu no caminho dolente
Avisto ao longe o contente
Indo só em caminho da vida
Buscando paz e guarida
E o suor na roupa espremida
Nas dobras da labuta esquecida
Feito rede apertada
Feito eu com tu
E nossos corpos nus
Engavetados em um só
E o armador só fitando
Enquanto o nó se fazia
Solapado teu sorriso vinha
Era noite fria não mais vazia
No balanço de peito aberto
Feito cocada sorriso doce
E teus ais se expandiam
No semblante de amor.
Juazeiro do Norte, Estado de Graça do Cariri
No Trinta e 1 de Outubro de Uma tal de Vinte Vinte e 1.