Acordei mais uma vez,
Em estado de absurdo,
Querendo descobrir o que faz as ondas do mar se moverem,
Querendo saber o gosto do céu,
O cheiro da Lua,
Querendo saber,
Que cor teria o “se”.
Morri ontem em estado de absurdo,
Me afoguei em lágrimas,
E andei sob o oceano,
Querendo viver,
E não me limitando a sentir,
Sentir é pouco para quem é…
E sei que sou,
Sou o amor transitando da poesia aos olhos apaixonados,
Sou a ânsia da vida em êxtase,
Sou a tristeza e a felicidade dançando em transe,
Tudo pois,
Vivo e morro,
Acordo e sonho,
Toco e sinto,
Em estado de absurdo.
Acordei em estado de absurdo,
Pela única e plena vontade viver ao beijar a vida,
Pois com esse beijo de sorte,
Vejo que me sinto absorto,
Ao acordar absurdo,
Porque desconheci a morte.