Pedro Castro

Estado de absurdo

Acordei mais uma vez,

Em estado de absurdo,

Querendo descobrir o que faz as ondas do mar se moverem,

Querendo saber o gosto do céu,

O cheiro da Lua,

Querendo saber,

Que cor teria o “se”.

 

 

Morri ontem em estado de absurdo,

Me afoguei em lágrimas,

E andei sob o oceano,

Querendo viver,

E não me limitando a sentir,

Sentir é pouco para quem é…

E sei que sou,

Sou o amor transitando da poesia aos olhos apaixonados,

Sou a ânsia da vida em êxtase,

Sou a tristeza e a felicidade dançando em transe,

Tudo pois,

Vivo e morro,

Acordo e sonho,

Toco e sinto,

Em estado de absurdo.

 

 

 

Acordei em estado de absurdo,

Pela única e plena vontade viver ao beijar a vida,

Pois com esse beijo de sorte,

Vejo que me sinto absorto,

Ao acordar absurdo,

Porque desconheci a morte.