Em que momento parei de viver?
Meu coração e minha mente se contorcem
É tudo no automático
A briga é se faço por que quero,
Ou se faço devido as pessoas.
Meus lábios se calam
E o coração consente
Aqui na minha mente, escondida pergunto
Virei pois um defunto?
Não falo, não nego e até mesmo a razão eu menosprezo
Chorando em vão e arrependida porque não vivo a minha própria vida
Pensando querer ou poder retroceder
Ou se não agora sou um robô?
Que tudo aceita e nada contradiz
Que não sente a necessidade de ser feliz
E tendo somente a certeza
Que se não for útil para nada
Vou ser descartada e sem dúvida maltratada.
E se por acaso eu for um boneco?
Sem necessidades de afeto
Sendo tratada somente como objeto
Tendo sorte por ter um teto
Penso isso não só devido à sociedade
Que diz que sou falha não tendo o direito de errar,
Que me engana, me bate e me critica a todo tempo
Mostra-me a maldade, corrupção e o desalento
Que trata como lixo quem difere e do mais nem entende,
por que, no fundo, é um animal,
e só fala nunca faz nada, pois não quer sair do seu quintal,
essa é a verdadeira vida que o mais forte suplica por mudanças
em um mundo onde todos estão acomodados com esse vil defeito,
e tratam como pesadelo que do dia para noite passara.
Parei de viver quando tudo deixei para trás, normalizei o que era errado só para manter o cuidado de não ter uma vida ruim,
escolhendo somente me esconder e fechar os olhos por fim.