IsaRamos-018

sociedade fria

Em que momento parei de viver?

Meu coração e minha mente se contorcem

É tudo no automático

A briga é se faço por que quero,

Ou se faço devido as pessoas.

Meus lábios se calam

E o coração consente 

Aqui na minha mente, escondida pergunto

Virei pois um defunto?

Não falo, não nego e até mesmo a razão eu menosprezo

Chorando em vão e arrependida porque não vivo a minha própria vida 

Pensando  querer ou poder retroceder

Ou se não agora sou um robô?

Que tudo aceita e nada contradiz 

Que não sente a necessidade de ser feliz

E tendo somente a certeza 

Que se não for útil para nada 

Vou ser  descartada e sem dúvida maltratada.

E se por acaso eu for um boneco?

Sem necessidades de afeto
Sendo tratada somente como objeto
Tendo sorte por ter um teto
Penso isso não só devido à sociedade
Que diz que sou falha não tendo o direito de errar,
Que me engana, me bate e me critica a todo tempo
Mostra-me a maldade, corrupção e o desalento
Que trata como lixo quem difere e do mais nem entende,

por que, no fundo, é um animal,

e só fala nunca faz nada, pois não quer sair do seu quintal,

essa é a verdadeira vida que o mais forte suplica por mudanças

em um mundo onde todos estão acomodados com esse vil defeito,

e tratam como pesadelo que do dia para noite passara.

Parei de viver quando tudo deixei para trás, normalizei o que era errado só para manter o cuidado de não ter uma vida ruim,

escolhendo somente me esconder e fechar os olhos por fim.