da minha própria escuridão
faço nascer a luz
da minha dança
faço fluir o silêncio
do meu pensamento
faço brotar a imagem
da minha quietude
faço nascer a flor
da minha incerteza
faço brotar a fé
da minha virtude
faço fluir o mel
das minhas palavras
deixo escapar o amor
são fios de minh’alma
tecidos com ternura
e lucidez translúcida
costuro as cisões
retoco com brandura
espelhos me refletem
numa visão de afeto
fiando-me tão pura