Marcelo Veloso

NEM TUDO É O QUE PARECE SER

 

Nem tudo é

o que parece ser,

se tem amar, a terra gira,

na gíria, amarelar é temer.

 

Você olha a história,

e nada corresponde,

é uma perda de memória,

no dito: “perder o bonde”.

 

A verdade até aguça,

mas, a mentira captura,

e serve a carapuça,

para quem nela se aventura.

 

Entre os dedos que estalam,

há o exemplo mais exato,

o chamar e o gesto falam,

e o sorriso é um fato.

 

E em cada passo dado,

tudo parece ter fim,

a sombra é um risco da pegada,

que a vida quis assim.