Voe, poesia!
Alguns
Alimentam a alma de vaidade
Alimento-a do que faz amortecer a realidade, na Arte…
Alguns
Alimentam-se do ego
Deixo-o faminto, é sentimento cego…
Alguns
Alimentam-se de ódio
Dele, não me alimento, é sórdido…
Alimentam a alma de agruras
Com poesia, faço para elas, remédio e cura…
Alguns, alimentam falsa imagem
Prendem a alma, apresentam o riso, o interior é tempestade…
Se alguns escondem a alma
Liberto-a! A minha não tem cela
Deixo-a sair, há sempre uma janela…
Ema Machado.