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Helio Valim

Sacopenapã

 

No promontório a se destacar

consagra-se a igrejinha branca

à Nossa Senhora de Copacabana,

a Sacopenapã, do bravio mar,

renasce Copacabana para orar.

 

De igrejinha a forte secular,

de areal à Princesinha do Mar,

se afoga em insana especulação

no mar da urbanização irregular.

 

Apesar do tsunami de concreto,

que descontrolado domina a orla,

o vai e vem no ritmo da marola,

nas areias e no calçadão liberto,

preserva a ironia e o ar burlesco.

 

Nada aplaca o espírito festeiro.

Do sagrado ao profano fim de ano,

em suas areias, cultua-se Iemanjá,

sob o Cristo Redentor, o ano inteiro.