Eu vou me casar com a Giovanna Antonelli...!
Já está tudo marcado, certo e datado!
Ela usará um lindo vestido usado por uma personagem qualquer,
Para uma cerimônia poética, para ‘se encaixar perfeitamente’
E viver o meu sonho sendo minha mulher!
Ela que já é casada segundo aquela revista,
Que nem sabe que eu existo, mas no entanto
Sempre entra na minha casa num certo horário,
E já é mais do que conhecida de família assim como de tantas outras!
Vamos casar de papel passado ou num ‘papel’ que ela esteja fazendo
Em algum folhetim!
Giovanna Antonelli aquela linda odalisca, delegada e Capitu...!
Serei o seu Bentinho, Dom Casmurro ou o psicodélico yipe vestidinho
Que usastes naquele recorte de jornal que coloquei numa moldura!
O seu sorriso brejeiro e sua pele de sol feito a minha, ‘quase escura’...!
‘Ideal’, modelo, espécime, exemplo e exemplar da mulher brasileira(quando bonita!)
Foi amor à primeira vista e assim que eu sintonizei aquele canal!
‘Garota do Leme’ tão linda quanto a de Ipanema!
Nua numa cena de filme e mais gostosa que Deborah Secco
Que já ‘peguei’ num outro poema!
Eu vou te raptar fazendo o papel de um marginal, protagonizando uma fantasia!
Linda como todas as mulheres normais...
Com suas marcas de expressão, suas varizes, unhas encravadas e gordurinhas a mais!
Eu quero pegar o mesmo ônibus lotado que você pega com esse vestido tão fininho,
Quero te levar pra comer churrasquinho(de gato), tomar caldo de cana
E um belo ‘banho de mangueira’ no quintal quando fizer sol!
És a minha musa e a mulher de todos que a recebem em casa para entretê-los
Com seus amores, casos e tramas fictícios!
Giovanna Antonelli e os nossos encontros sempre no horário nobre...!
Às vezes às sete ou depois das nove!
Minha paixão ‘platônica-televisiva’ desse amor à distância separado por uma tela,
Transistores, válvulas, fusíveis e pela barreira de nossa diferença de classes
Sendo você uma estrela e pertencente a uma ‘constelação’!
Eu vou lutar por esse amor do impossível onde age Jeová!
Vou contratar um serviço de telemensagens, arrumar um carro de som
E te acordar em sua mansão, vou te botar na minha estante, fazer o ‘teste do sofá’,
Fazer e refazer(num \'remaker\') quantas vezes for aquela cena do Último Tango’
Te levar para o ‘bar The Mill’, te prender numa berlinda,
Te levar para uma ilha deserta e poeticamente te comer, te estripar, canibalizar...
Ou ser apenas mais um telespectador, fã fervoroso, tipo perseguidor e ansioso,
Esperando para ‘espectar’ a próxima novela em que você estará!
*MAIS DE MIM EM:
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