Nelson de Medeiros

UM BEIJO ROUBADO

UM BEIJO ROUBADO

 

Será que sabes o que sinto agora?

Acaso não sentiste um desamor?

Talvez... Mas, o talvez é inquisidor

É dúvida atroz que a mente assenhora!

 

Pois tal sentimento, um quase pavor,

Frio como a morte, meu peito ancora!

Um arrepio que chega sem hora,

E me deixa assim prenhe de temor!

 

Porém, do teu conto eu sei da essência,

E o seu fim eu conheço por vivência,

Já que esta historia em reprise eu já vi!

 

Mas teu desejo também eu conheço,

E prá evitar conhecido desfecho,

Esquece o beijo que eu roubei de ti!

 

Nelson de Medeiros