UM BEIJO ROUBADO
Será que sabes o que sinto agora?
Acaso não sentiste um desamor?
Talvez... Mas, o talvez é inquisidor
É dúvida atroz que a mente assenhora!
Pois tal sentimento, um quase pavor,
Frio como a morte, meu peito ancora!
Um arrepio que chega sem hora,
E me deixa assim prenhe de temor!
Porém, do teu conto eu sei da essência,
E o seu fim eu conheço por vivência,
Já que esta historia em reprise eu já vi!
Mas teu desejo também eu conheço,
E prá evitar conhecido desfecho,
Esquece o beijo que eu roubei de ti!
Nelson de Medeiros