Eliabe Lira

Não uso títulos, perdão

Grandes gritos silenciosos,

O silêncio ensurdecedor

Devo tapar o ouvido? 

Devo gritar mais alto?

 

Uma tempestade se aproxima 

Abrirei as janelas para ver o sol

Enquanto ainda me resta algum tempo 

No final de mais um início. 

 

Carrego a culpa do julgo

De não perceber o amor 

De jogar fora todas às oportunidades 

E de andar fora de mim. 

 

Não me culpo por nada 

Não me culpo por viver 

Mas não me cabe nada 

Estou sempre sozinho.

 

Carregando o fardo de uma vida 

Lutando contra minhas próprias vontades 

Chorando lágrimas doces 

Sorrindo de coração partido. 

 

Me recusando ao que é bom 

Vou tentando me encontrar 

Procurando circunstâncias certas 

Me justificando com falácias.

 

Me baseando em mim 

Me cobrando por ser melhor 

Traduzindo minhas próprias linhas 

E descobrindo algo novo de mim.