Em 27-05-2006
(Transformado de uma Poesia escrita em Prosa por um Anjo encarnado,
Seu nome é ‘MILÚ’ mas para mim, é a minha ‘MELINHA’)
Não sei quem éramos ao certo.
Mas éramos simplesmente!
Tomávamos banho aqui perto
Num lago sem outra gente
Brilhantes raios de sol
Que me iluminam a prosa
Te ajudaram a vestir meu corpo
Com nenúfares brancos e rosa
Estávamos ambos nus
Desfrutando a liberdade
Flores em tua cabeça eu pus
Para de ambos felicidade
Riste-te como habitualmente
Num sorriso alegre e franco
E nessa doce carícia de êxtase
O negro nos parecia branco
Saímos do lago, fomos passear
Pela floresta bem madura
Com os corações a palpitar
Por esta tão densa e escura
Com o sol já retirado
E com as arvores a apertar
Nos afastamos do lago
Para na mata nos embrenhar
Tu deste-me a tua mão
Conforme tua mente pensa
Quiseste proteger-me então
Naquela vegetação tão densa
Como mui frágil que sou
Caí, porque escorreguei
O caminhar p’ra mim findou
Pois o meu pezinho magoei
Disse-te p’ra ires procurar
Que por certo saída tinha
Mas não me quiseste deixar
Naquela escuridão sozinha
Com habitual desembaraço
Buscaste vime e folhas
Calçaste-me com nós e laço
E disseste-me: não te encolhas
Sempre nós nos ajudámos
Mas fiquei contente por ver
Que mesmo ali partilhámos
A essência do nosso Ser
Retomámos o caminho
Apesar de amedrontados
O chão pisava de mansinho
Quando por arvores rodeados
Essas arvores nos diziam
Estamos na vossa pegada
Com muito medo nos faziam
Pensar terminada a jornada
Então olhamos em volta
E vimos não estar sós
Deparámos com uma porta
Que quase chamava por nós
Esta com intensa luz
Que apontava a nossa mente
Nos lembrava o bom Jesus
Mas era apenas um duende
Vestido de folhas verdes
Com seu olhar meigo e doce
Dizia porque o caminho não vedes?
Como se dono do sítio fosse
O caminho está além
Sempre esteve perto de vós
Vós é não olhastes bem
Como o esquilo olha p´rá noz
Só quem procura o regresso
À sua casa espiritual
Nesta floresta tem ingresso
E está aqui não por mal
Apontando sua vara
Ele indicou-nos o caminho
E riu-se da nossa cara
Dizendo-te não estás sozinho
Com intenso nevoeiro
Mui branco e brilhante
Tanto quanto o primeiro
Que vimos no anterior instante
Nosso Guia disse para ti:
Dá a mão à tua Estrela
Ele referia-se a mim
P’ra eu tua alma protegê-la
Compreendendo eu perguntei:
Por minhas queridas irmãs
Ele disse-me estão bem
Como tu, em caminhadas não vãs
E a música que tanto amo?
Atrevi-me a perguntar
Com essa nosso Querido Amo
Muito te fará deslumbrar
Transportando-te para a Luz
Em música de essência Divina
Verás que o Próprio Jesus
Tua existência te anima
Vais ora voltar a casa
E conhecer teu esplendor
Pois já és um anjo sem asa
És luz, és paz e amor.
Nota final: - Neste agora ‘nosso’ amoroso e espiritual trabalho, eu honro a nossa mui peculiar, porque extrema, espiritual e de facto, eterna união!!!...
De: - MELINHO
Para: - MELINHA