POETA!
Não sou poeta
Brinco com as palavras,
De cirandinhas,
De pique-esconde,
Depende do humor do dia.
Uma hora elas estão alí,
Em outras já estão nos ares.
É preciso que eu me cale
E tente senti-las.
É preciso que eu as procure
Por trás dos muros,
Nas árvores verdes,
Nos cantos escuros
Da noite recôndita do meu ser.
É preciso que eu as procure
Em noites claras,
Em dias ensolarados,
Em dias tristes ou nublados.
E quando nos encontramos,
No início ou fim do dia,
Juntas nos desdobramos
Em prantos, cantos ou poesias.
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