Em azul anoitecido resplandecias
minha noite nem sabias iluminada
que meus olhos atraías desavisada
da esperança que n’alma infundias.
Belas harmonias foram teus braços
quando selaram tão celeste amizade,
com tão ternas palavras de bondade
tornou amáveis até teus desabraços.
Afortunado de singular companhia
o que solitário, outrora, pelos nadas
desperta em pueril desembaraço,
Poeta saudade em seus compassos
entre cantos de alma desarmada
o azul enredo de nossa cara melodia.