INFINITA AUSÊNCIA
Finalmente... Da sombra surge a aurora!
Um canto de passarinho somente...
A algazarra doida daquela gente,
Pela graça da chuva foi-se embora!
Então volto ao silêncio novamente,
E acho a paz na solidão agora!
Volto a pensar em ti. Tua demora
Em continuar assim tão ausente!
Meu desejo era ver-te a todo instante,
Toda hora falar do amor constante
Que sobrevoa todo o meu entorno!
Pois que só um dia de tua ausência
É para o bardo quase uma existência
Que lhe soa infinita e sem retorno!
Nelson de Medeiros