Vejo pessoas, privilegiadas, a reclamar
Seus problemas tão facilmente resolvíveis
Enquanto eu, responsabilidades possuo, e não posso de uma vida fácil desfrutar
Vejo a mim mesmo preso em uma espiral de dores incompreensíveis
Sinto o desprezo de meus colegas
A solidão mais uma vez minha fiel escudeira
Ódio, raiva, mágoa. Meu eu após rir de piadas “Pândegas”
Minha tristeza bate mais forte que a brasa de uma lareira
Olho para as mulheres, tão fracassado
Deusas, Puras e charmosas, dignas de pessoas gostosas
Enquanto eu, tento o meu melhor para conquistá-las, apesar de estar acabado
Não recebo olhares, nem elogios, minhas roupas são espalhafatosas
Resta a mim, um observador
Guiar a mim mesmo um mundo sem dor
Um mundo sozinho, sem cor
Para assim, me livrar do amor