Claudia Casagrande

Corrida da vida

Ela nem sabe da corrida

Passa despercebida

Anda devagar, é inocente

De qualquer maneira, segue em frente.

Não percebe ao seu lado

Gente ultrapassando de repente.

Acontece o primeiro tropeço

Não é como no começo

Cai, ergue-se confusa

O obstáculo é incentivo?

Corre sem temer o perigo

Toma fôlego num abrigo.

O tempo passa...

Ela cansa, não descansa

No entanto, agora atenta

Tem esperança

Que a faixa de chegada

Esteja ainda distante

Cada tropeço e cada conquista

Tornam o percurso emocionante.

Com cautela, no final

Corre bem mais devagar.

Anda, para, para, anda...

Mas por nada neste mundo

Ela deseja parar

Nem chegar em primeiro lugar.