Ela nem sabe da corrida
Passa despercebida
Anda devagar, é inocente
De qualquer maneira, segue em frente.
Não percebe ao seu lado
Gente ultrapassando de repente.
Acontece o primeiro tropeço
Não é como no começo
Cai, ergue-se confusa
O obstáculo é incentivo?
Corre sem temer o perigo
Toma fôlego num abrigo.
O tempo passa...
Ela cansa, não descansa
No entanto, agora atenta
Tem esperança
Que a faixa de chegada
Esteja ainda distante
Cada tropeço e cada conquista
Tornam o percurso emocionante.
Com cautela, no final
Corre bem mais devagar.
Anda, para, para, anda...
Mas por nada neste mundo
Ela deseja parar
Nem chegar em primeiro lugar.