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LEIDE FREITAS

SOLIDÃO!

 

SOLIDÃO!

 

De repente, 

Não mais que de repente, 

Pinta a solidão e arranha a gente 

Fazendo a vida amargar. 

É algo que não tem remédio 

Que enche a vida de tédio, 

Difícil de suportar. 

De repente,

Não mais que de repente

Tem um vazio que a alma invade. 

Tem um “certo” frio que no peito arde, 

Tem uma tristeza que anestesia. 

De repente, 

Não mais que de repente, 

Essa vontade de ficar sozinha.

Sinto um desejo inconsciente 

De ser um andarilho errante, 

De pisar descalça na grama molhada 

E andar a esmo nas estradas.