Hébron

Fronteiras

 

Há muitas fronteiras

Os caminhos restaram órfãos 

De destino, de origem 

Caminhar inóspito 

O olhar insípido 

Rezo para o horizonte

Para o perto, para o longe

Clamo ao léu, ao além 

Com toda força que convém 

Há muitas fronteiras

As margens sufocam o rio

Sem montante, sem juzante

Desaguar insólito 

Ânimo tépido

As distâncias sem carinhos

Os toques mesquinhos

Rogo esperante

Pugno o certo, todo instante 

Clamo ao céu, ao além 

Com toda fé que provém