Solidão que mata vai singela
serpeando meus soluços risonhos;
São lágrimas azuis do meu sonho
que escorrem a tristeza bela.
Vem como chuva que desce a serra,
de minha face brotando jasmim
floresce meu pobre jardim
como angústias que fecundam a terra.
Solidão que nunca perde seu valor,
vem como chuva que esfriasse o calor
e aparenta a alegria do tédio.
Não preciso de solidão sem amor.
Quero deitar-me em leito de dor,
quero amar o meu mistério.