Verei a tristeza da chuva,
Ouvirei a lúgubre melodia do silêncio.
Sentirei o fragor da volúpia,
Matarei a rude poeira do vilipêndio.
Amarei as dores do mundo,
Chorarei lágrimas mil de angústia.
Desaparecerei a cada segundo,
Tomarei cem golpes de penúria.
Gastei a beleza das flores,
Bebi o sol dos calados,
Profanei o brilho das cores,
Solucei os pulsos cortados.
Acolhi os gritos das princesas,
Recolhi as vozes sedentas.
Mudei o lugar dos vazios,
Perdi o vale das penas.
Eu quero amar