Ando colhendo flores lamentosas,
Na solidão do vale das tristuras,
As pétalas perdem silenciosas,
Flores que pendem sobre as sepulturas.
Sigo colhendo-lhes pelas umbrosas,
No meu caminho pela noite escura,
Onde o luar prateia as dolorosas
Que já perderam brilho e formosura.
E sobre a campa dos meus tempos idos,
Sonhares belos e tão coloridos,
Aqui e ali florescem na escuridão...
E o teu olhar como a névoa me seguindo,
Novamente vereis aqui surgindo,
Nos místicos vales da solidão.
Thiago Rodrigues