Olha-me como quem olha, o vulto sagrado da explosão de todos os átomos
E chora, e eu recolho a lágrima com o indicador pousado ao lado da maçã forçada em riso envergonhado.
O gosto lembra o soro sagrado, pouco até menos salgado do que os afagos que uma mulher verdadeira o tem.
Do que os afagos que uma mulher verdadeira o tem, e meus olhos buscam mais que suor sagrado na pele lisa, branca e de riso de fácil
Não tem, não tem. Ela cheira como um doce meio amargo, e o gosto lembra de fato um doce de plástico, pouco menos doce do que o real plástico o é.
Ela descansa o rosto sob a mão espalmada, e o pulso, virado ao rosto, aquele suporte afável, exibe uma pequena veia salteada, o símbolo vivo marcável da vida.
Seus olhos me encaram em real obrigação, vejo-me nos olhos marrons, ciliados e de rímel eterno, uma curva negra de mistério pairando em meus próprios olhos,
O descabelamento natural, o amarrotado das roupas em tom casual, as minhas próprias lágrimas contendo de fato algum sal.
Ela paira feito anjo quimérico, com tantas faces subjugadas e sem nenhuma corrente pairando seu enlaço
Mas seus olhos choram ainda em tom falso de alegria. Os dedos emitem algum calor, e finge que é de amor que as bochechas se rosam ainda quando me vê.