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Rui Ferreira

Meu irmão Alberto

A tua chegada era sempre ansiada

Desejada naqueles anos sombrios e cinzentos

Em que era criança já crescida, não criada

Consequência de desenganos e tormentos

 

Os brinquedos que sempre me trazias

Iluminavam o meu mundo enegrecido

Preenchiam-me de alegria como tu bem vias

Tornavam o monótono em divertido

 

O semblante carregado e a alma fechada

Davam lugar ao coração de sorriso aberto

Sempre na esperança da tua breve chegada

É de ti quem falo, meu querido irmão Alberto

 

Os anos cavalgam velozes sem darmos conta

A idade avança sem piedade

Não percamos tempo a pelear o que nos afronta

Seguimos em frente nesta cumplicidade

 

Antes como agora, estás sempre presente

Nos maus e nos bons momentos desta passagem

Somos sangue do mesmo sangue, frio ou quente

Juntos, unidos, é esta a nossa mensagem