A tua chegada era sempre ansiada
Desejada naqueles anos sombrios e cinzentos
Em que era criança já crescida, não criada
Consequência de desenganos e tormentos
Os brinquedos que sempre me trazias
Iluminavam o meu mundo enegrecido
Preenchiam-me de alegria como tu bem vias
Tornavam o monótono em divertido
O semblante carregado e a alma fechada
Davam lugar ao coração de sorriso aberto
Sempre na esperança da tua breve chegada
É de ti quem falo, meu querido irmão Alberto
Os anos cavalgam velozes sem darmos conta
A idade avança sem piedade
Não percamos tempo a pelear o que nos afronta
Seguimos em frente nesta cumplicidade
Antes como agora, estás sempre presente
Nos maus e nos bons momentos desta passagem
Somos sangue do mesmo sangue, frio ou quente
Juntos, unidos, é esta a nossa mensagem