Frágil e partida
Ela recolheu todos os cacos
De Amor pela casa,
Deixando apenas o silêncio
Incessante da Solidão.
Sua mente tentava fugir dele,
E vagueava em meio a inexistência
Mas volta e meia ela falhava
Então, se via atordoada
por lapsos de declarações,
dos sorrisos, dos beijos dele,
Do que foram um dia
E agora deixaram de ser.
Queria gritar
Queria chorar,
Queria sumir,
Mas já estava exausta por
Não conseguir emitir nenhuma reação.
Portanto, se encontrava
Nadando em um
Vazio fundo e incerto.
Tudo se tornou
Um ponto interrogação,
Indecifrável na sua vida
Que seu rumo era assim: indefinido.
Isso deu origem a dúvida e o medo
E o que eles eram? Eram dois estiletes
Finos que penetravam na
Alma dela e gerava um desconforto T
ão grande que ela suava e suava
Tornando assim seus dias
Nublados, estranhos
E insignificantes
Mais nada.
(Sara Lacerda)