Eu, mera poeta desafinada
Mergulhada por essa bagunça de palavras
Encontro-me perdida dentro destes versos
E linhas incompletos, mas magníficos.
Então, sem pressa, fico ali, flutuando em
meio a esse mundo ainda desconhecido.
Aos pouquinhos vou me achando em cima
De um adjetivo, pronome, substantivo
Ou advérbio para me completar e
Vou me jogando em cima de várias
Sentenças ainda em fase
De construção
É justamente o fascínio desse encaixe
De palavras e frases que remete
A minha essência e me traz uma
Paz sublime.
Assim, vou me fazendo,
Reconstruindo
Ressignificando
Ressurgindo dessa
Arte esplêndida
E surpreendentemente
A cada instante meu.
(Sara Lacerda)