PÓLVORA E FLORES.
Se os fuzis
Em flores explodissem
E os corações
Em amores
Eclodissem
E os homens
Do delito
Desistissem
Não haveria soldados
Nas praças e em seus quartéis
Amotinados
Nem nas ruas haveriam Campanhas
Estranhas
De sonhos mutilados.
Se o homem derrubasse
as trincheiras
E da pólvora
O odor cessasse
O olho venceria
Suas cegueiras
E quem sabe o ódio
No peito se calasse.