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Marcelo Veloso

SEM NOTA, SEM TOM

Começo,

Meio,

Fim.

Onde tudo é sim,

ou o objeto é talvez,

ainda que o não seja só um,

não é esta,

ainda, a vez.

 

Começo,

Meio,

Fim.

A verdade parece um pouco,

de um talvez que se perdoe,

mas, ela perece,  levando tudo,

sem deixar nada,

para contar como foi.

 

Começo,

Meio,

Fim.

O limiar não mais assusta,

conduzindo o olhar ao que é bom,

o enredo, então, sustenta,

a magia do contentar afável,

sem nota, sem tom.