Bendita é,como, às vezes ,me sinto
Por tudo que vivo e acredito
E,também, pelo que pressinto.
Sou real. Tu sabes quando minto
E te desgosto,bebo absinto
Mas,para te agradar... resisto.
Não cedo. Minha \' alma não dispo.
Às vezes queria não pensar.
É tão cansativo. E não me acalma
Nem bebendo um copo de vento
Vento não preenche o peito
Nem tampouco o vazio de ti.
Tantos jeitos de me dilacerar...
Quero é minha cabeça no ar
Leve e solta,voando como flor sem haste
Borboleta ébria,etérea
Só voando sem mapa nem GPS
Quando cansar,cair por terra
Sem ninguém a me socorrer
Não espere nada,a morte é solitária
Mas quando outra vida ganhar
Vou agarra_ lá e tentar errar.
Sim,errar mais nesta nova vida.
Talvez voltarei mais leve e divertida?
18.9.2021 Maria Dorta