Andam em busca dos serenos ventos,
Na solidão dos prados tão tristonhos,
Seguem as almas pelos lutulentos,
Colhendo dores, enterrando sonhos.
Na vastidão dos campos nevoentos,
Sob olhares dos tristes e risonhos,
Vagam caladas pelos monumentos
Colhendo flores e deixando sonhos.
E a olhar-lhes quem vos fica se entristece,
Como um bosque na tarde que ensombrece,
Anseiando o luar de tom cinéreo...
E vão as almas por esses caminhos,
Onde surgem nostálgicos os ninhos
Recamados de beleza e mistério.
Thiago Rodrigues