Morte da carne, encontro da vida
Minha morte ocorre a cada segundo, a cada minuto desperdiçado,
a cada pensamento mal pensado, e a cada coisa esquecida.
O que será de cada um de nós no final dessa vida?
Se a cada esquina eu sou alguém, e em outra eu já não o sou.
As vezes nem na minha órbita estou, me recolho ao meu luar.
Quantas esquinas serão cruzadas até eu me tornar quem realmente sou?
Talvez nenhuma, mas talvez todas.
Talvez eu seja a própria esquina, a espera do meu passar,
talvez eu seja meu passado esperando ser lembrado,
ou talvez o pensamento a espera do meu pensar.
Talvez eu seja exatamente tudo isso, o próprio nada.
Sou eu o espaço vazio sendo preenchido a cada dia com as histórias que a vida me passa
Quem sou eu? Talvez até você, no momento que observa as minhas palavras
Ou até mesmo no fim quando retornamos para si e encontramos toda a humanidade
sentida em uma só alma.