Hoje acordei envolto numa névoa
Um manto branco gigante
Não te via em Évora
Senti uma revolta gritante.
Nunca senti nada do género
Experimentei ir a Portalegre
Qual sentimento efémero
Nenhuma emoção alegre.
Parti em direção ao Algarve
Na esperança de ver o meu sol
Senti-me um ser alarve
E extremamente só.
Corri então até Bragança
Com a convicta esperança
De te ver à minha frente
Mas foi deveras comovente.
Restou-me viajar até à foz
Pois já me doía a voz
De tanto chamar por ti
Então dei por mim,
A sonhar que estava acordado
Mas eu estava deitado
Ao teu lado aconchegado.
Um pesadelo durante o sono
Quase como um abandono
Feliz por acordar
E nos teus olhos olhar.
Amo-te minha companheira
Já não sei como seria
Viver daquela maneira
Durante o sonho, na correria.
A