Descanso...
O queria, mas, não assim
Lúdrico, em cor de lápide
Com gosto de vazio, que se adona
Invade...
Nunca fui terreno infértil
Trilhei desertos, o rumo era incerto
Encontrei um oásis
E você vem, se instaura
Tentando devolver a obscuridade
Não ouço, seu lamento
O sorriso, ainda não morreu
Vive latente, aqui dentro
A primavera aguarda, enfeita-se
Há eflúvios nos ares, paz a espreita
Passará a tormenta, a flor nascerá
Verdeje, esperança!
Pássaros a anunciam
O silêncio, tornar-se-a descanso