ACRÓSTICO À MINHA FILHA
B onequinha sapeca,
I rrequieta, levada da breca,
A poteose do riso e da farra...
N ão poderia eu deixar,
C antando passar,
A tua inocente algazarra...
P ortanto aqui te ofereço,
E ntre versos de apreço,
R imada dedicatória...
I ntento brindar a tua alegria
M arejada de inocente sabedoria...
D eves, porém, do mundo, ouvir a historia.
E scuta-a, mas é a consciência que ditará a tua trajetória...
M esmo quando, um dia, sentires a vida
E nvolvendo-te em dura lida
D esmoronar-te as ilusões crianças,
E, quando vires o egoísmo, vaidade,
I nveja e orgulho te espreitarem com maldade,
R etempera-te. Roga a Deus uma prece de esperanças,
O mbreia-te com as almas mais perfeitas,
S aibas sofrer com dignidade. E com serenidade,
T oma a tua cruz, siga em frente, ama com lealdade,
E squece as ofensas, perdoa sempre, não te afastes da verdade.
I mita o que há de bom, fuja do mal, este charco de lama...
X odó do papai: Sê sempre caridosa,
E nalteça com fé a Natureza dadivosa...
I mporta sempre que meças teus meios pra atingires teus fins.
R espeita a pobreza e faz da humildade o som de teus clarins.
A gora, ria... Amanhã hás te entender o papai que te ama!
Nelson de Medeiros