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Nelson de Medeiros

ACRÓSTICO Á MINHA FILHA

ACRÓSTICO À MINHA FILHA

 

B onequinha sapeca,

I rrequieta, levada da breca,

A poteose do riso e da farra...

N ão poderia eu deixar,

C antando passar,

A tua inocente algazarra...

 


P ortanto aqui te ofereço,

E ntre versos de apreço,

R imada dedicatória...

I ntento brindar a tua alegria

M arejada de inocente sabedoria...

 


D eves, porém, do mundo, ouvir a historia.

E scuta-a, mas é a consciência que ditará a tua trajetória...

 

M esmo quando, um dia, sentires a vida

E nvolvendo-te em dura lida

D esmoronar-te as ilusões crianças,

E, quando vires o egoísmo, vaidade,

I nveja e orgulho te espreitarem com maldade,

 

R etempera-te. Roga a Deus uma prece de esperanças,

 

O mbreia-te com as almas mais perfeitas,

S aibas sofrer com dignidade. E com serenidade,



T oma a tua cruz, siga em frente, ama com lealdade,

E squece as ofensas, perdoa sempre, não te afastes da verdade.

I mita o que há de bom, fuja do mal, este charco de lama...

X odó do papai: Sê sempre caridosa,

E nalteça com fé a Natureza dadivosa...

I mporta sempre que meças teus meios pra atingires teus fins.

R espeita a pobreza e faz da humildade o som de teus clarins.

A gora, ria... Amanhã hás te entender o papai que te ama!

Nelson de Medeiros